Não é justo sermos citados “pessoas de um grupo em extinção” só porque já somos “velhos”.
Somos “um grupo de pessoas de uma safra especial” vivendo no meio de outras.
Atente para história abaixo:
- Passei uma hora no Banco com meu pai, pois ele teve que transferir um dinheiro.
Eu não pude resistir a mim mesmo e perguntei: Pai, por que não ativamos seu Banco pela
Internet?
Por que eu faria isso? Perguntou ele.
Bem, assim você não terá que passar uma hora aqui para fazer uma transferência.
Você pode até fazer suas compras online, e tudo será mais fácil.
Eu estava bem animado em iniciá-lo no mundo do Internet Banking.
Ele perguntou: Se eu fizer isso, não terei mais que sair de casa?
Sim, Sim, eu disse.
Eu disse a ele que até os alimentos podem ser entregues na porta de casa.
Sua resposta me deixou sem palavras.
Ele disse: Desde que entrei neste Banco hoje, encontrei quatro dos meus amigos, conversei um
pouco com o pessoal que agora me conhece muito bem.
Você sabe que estou sozinho, e esta é a companhia de que preciso.
Gosto de me arrumar e vir ao Banco.
Tenho bastante tempo, é o toque físico que desejo.
Dois anos atrás eu adoeci, o dono da loja de quem compro frutas veio me ver e sentou-se ao lado
da minha cama e chorou.
Quando sua mãe caiu alguns dias atrás, durante sua caminhada matinal, o dono da mercearia
local a viu e imediatamente pegou seu carro para levá-la para casa, pois ele sabe onde eu moro.
Agora me diga: Eu teria aquele toque humano se tudo ficasse online?
Por que eu iria querer que tudo fosse entregue a mim e me forçar a interagir apenas com meu
computador?
Gosto de conhecer a pessoa com quem estou lidando e não apenas o vendedor.
Isso cria laços de relacionamentos.
O computador oferece tudo isso também?
Moral da história:
Tecnologia não é vida.
Passe tempo com as pessoas, não com dispositivos.
O mundo está morrendo por causa das facilidades que fizeram as pessoas sedentárias.
Até semana que vem se Deus quiser, e Ele há de querer.
Arnaldo Martins (Cebolinha)
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