Continuando o tema família, os filhos continuarão protagonistas do nosso bate papo.
Há alguns anos passados, chamava-se de “filhinho de papai” aqueles cuja situação econômica
financeira dos pais era privilegiada.
As mordomias chegavam facilmente e o trabalho era algo que os jovens não eram adeptos.
Estudar, curtir a vida e viagens era a rotina deles.
Fato é que muitos deles, mal acostumados, quando a boquinha acabava eles andavam apertados
para trabalhar.
Preste atenção na história abaixo:
- Um Rei recebeu como presente dois filhotes de falcões e os entregou ao mestre da falcoaria
para que os treinasse para a próxima temporada de caça.
Era o entretenimento dos nobres da época, enquanto esperavam por alguma guerra.
Passados alguns meses, o instrutor comunicou ao Rei que uma das aves já estava com todo seu
desempenho de caça pronta para ser testada.
Disse que a outra ave não tinha se movido do seu galho desde que tinha chegado ao palácio, a tal
ponto de que tinham que lhe alcançar a comida, para que não morresse de fome.
O Rei mandou chamar curandeiros e até senadores para que verificassem qual o problema com a
ave, mas de nada adiantou, ela não saía do lugar.
Pelas janelas dos seus aposentos o monarca podia ver o pássaro imóvel no galho.
Mesmo que sua pose fosse autêntica e seu corpo delineado, faltava à qualidade principal, voar.
Mandou publicar um anúncio entre os súditos procurando alguém que ensinasse o pássaro a voar.
Na manhã seguinte, viu a ave voando agilmente pelos jardins.
Tragam o autor desse milagre, disse o Rei.
Quero recompensá-lo e aprender sua técnica mágica.
Quando o sujeito é apresentado, o Rei lhe pergunta: Como conseguiu?
Tu és mágico, por acaso?
E o homem respondeu:
Não alteza, apenas observei que se cortasse o galho onde a ave se agarrava, ela iria precisar de
algo mais, e isso eram suas asas.
Moral da história:
Qual o galho que está te impedindo de usar as suas asas?
Até semana que vem se Deus quiser, e Ele há de querer.
Arnaldo Martins (Cebolinha)
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